Hoje venho falar-te um bocadinho acerca de mim.
Durante grande parte da minha vida, fui sempre bastante influenciável, deixava facilmente terceiros dizerem-me o que havia ou não de fazer, incluindo familiares.
Claro que durante a adolescência, houve conselhos que foram valiosos, mas posso dizer-te que já em fase adulta, não foram conselhos benéficos para mim ou para a minha vida.
Por vezes até os nossos familiares, com boas intenções sempre, acabam a intrometerem-se demasiado na vossa vida. E nós muitas das vezes inconscientemente, acabamos por deixar isso acontecer, e fazer o que os outros querem, invés de dizermos “NÃO”.
E isso foi algo que mudou em mim. Aprender a dizer não, com Amor.
Saber dizer não, não é egoísmo .
É dizermos SIM a nós mesmas.
Ao nosso Ser, à nossa vida, à nossa história.
Mais uma vez, com isto, entregamos o poder da nossa vida a outro alguém. Mas só tu sabes, o que queres, para onde queres ir, com quem e a que horas.
Quero com isto dizer-te, que por vezes, se não assumimos o controlo e o poder da nossa vida, vai a vida encarregar-se à força, de nos fazer mudar, para tomar as rédeas da situação.
E acredita é muito mais duro, quando assim acontece.
Deixa-me dar-te um exemplo meu.
Já eu vivia com o pai do meu filho, quando uma familiar decidiu dar-me um conselho:
“- Depois de saíres de casa, por muito más que as coisas sejam, nunca regresses para casa dos teus pais.”
Ora é, que como já sabes, eu passei por uma relação tóxica e abusiva com o pai do meu filho.
E as palavras daquela minha familiar, ainda ressoam na minha mente, e isso influenciou-me muito, a ir ficando, mesmo a sofrer, naquele relacionamento amoroso.
– Quais as consequências disto!?
Fui tendo sempre receio de regressar para casa dos meus pais, e fui-me deixando em sofrimento a mim própria.
– Porque aquela pessoa, me deu um conselho, que eu não pedi?
– Porque ela própria tinha uma memória traumática de um relacionamento, mas com os pais (basicamente, digamos que ambos os progenitores a abandonaram/rejeitaram, fazendo com que ela casa-se antes do previsto e saísse de casa).
Portanto esta pessoa deu-me um conselho baseado no MEDO e na INSEGURANÇA dela própria, porque devido ao que os pais lhe fizeram, ela tinha dificuldade de Confiar, sentir segurança e sentir apoio, acabando assim por projectar o seu Medo em mim. Todos temos a necessidade de negar, não reconhecer o que mais nos doí ou o que nos ameaça, para que sejamos aceites. A negação é uma forma natural de autoprotecção, é um agir/reagir automático e espontâneo.
Obvio que esta pessoa tinha a melhor das intenções, só queria proteger-me (mas focada inconscientemente, na sua dor; esta foi a sua projecção).
Depois eu influenciada por aquela frase, fui acabando por sofrer mas noutro tipo de relacionamento.
Para te contar a minha história, tinha sempre que te contar a história desta familiar, de forma a que percebas, o ciclo geracional que se deu aqui.
E isto fez-me tudo mudar.
Depois que mergulhei neste processo de autoconhecimento, autodesenvolvimento e autoajuda, além de aprender a dizer “não, com Amor”, passei também a ficar atenta às palavras, emoções e sentimentos, não só dos outros, mas meus também e tentar sempre QUESTIONAR, o que me estão a fazer, ou o que me estão a dizer, pois pode estar presente algum trauma/dor profundo, interno e inconsciente no outro, ainda que a sua intenção seja proteger.
E a isto minha Diva, chama-se “atenção plena”.
Estar atento ao que nos rodeia, ao que surge, e a tudo aquilo que nos acontece.
Isto é assumires o controlo e o poder da tua vida, com Clareza e Consciência.
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a tua Terapeuta e Mentora Motivacional,
Vanda Roberto.