Ter o condão de virar qualquer acontecimento negativo afastando a sua negridão para longe, faz parte da Resiliente.
A Resiliente, é alma de bruxa adormecida que jaz no íntimo de cada mulher, à espera de ser despertada, de forma a fazer-se guiar pela sua intuição intrínseca. Somos todas nós, quando preparamos aquele cházinho especial que faz milagres à gripe sazonal que nos esgota. Somos nós, quando beijamos o joelho da nossa cria que acabou de o ferir em mais uma queda e pronunciamos as palavras mágicas – “pronto amor, já passou.” – E a magia acontece!
A Resiliente é a verdadeira loba solitária, mas que no entanto é fêmea Alpha da sua alcateia, graças não só à sabedoria que lhe é inerente como também à sua destreza para conduzir a matilha a porto seguro.
A loba transforma-se de leal e amável a fera enraivecida, em milésimos de segundos, quando existe qualquer perigo para a sua alcateia.
O mesmo acontece connosco.
Nós somos Resilientes, Mulheres, lobas, bruxas… com o incomparável poder de adaptabilidade na mudança. Transitamos do caos para a plenitude, duplicamos a nossa semente em mais um ser, e ao dar à luz, somos levadas da dor extenuante ao amor fenomenal.
A arte de renascer das cinzas, deve-se ao facto de Ser Mulher.
Nós somos o Ser Polivalente que tudo pode, que tudo move, que tudo consegue.
Nós Mulheres Resilientes, somos força geradora de vida, somos carne, somos sangue, somos, água, fogo, ar e terra.
Nós Somos as detentoras do poder de Co-criarmos o que quisermos, basta querermos.
Quando assim não é, a mulher perdeu ou esqueceu, a sua natureza selvagem pelo caminho da sua vida, prendeu-se ao medo cruel da não aventura, esqueceu que estar no seu ninho de silêncio, é viver sem temor da solidão, dos próprios pensamentos, sentimentos e emoções.
Deixou para trás quiçá a sua deusa sexual e passou apenas a ser mãe, esquecendo-se do seu lugar na dupla entre Deusa e Consorte.
Renascer das próprias cinzas é a arte da mulher resiliente.
Nós somos o Ser Multifacetado que lapidamos consoante a necessidade da vida, quais diamantes em estado puro e bruto!
Deixo-te Agora um dos meus poemas como reflexão desta arte que dançamos ao longo da nossa vida… a Arte de nos adaptarmos a quaisquer circunstâncias, construindo se necessário pontes e fortalezas irrepreensíveis.
Amarga solidão,
Preenches e dominas.
Não me assistas,
Não provoques,
Essa toda emoção
A quanto obrigas!
Silenciando a bravura
Apenas por momentos,
pois nos pensamentos,
distingo a gravura,
outrora presente,
Agora somente
Apenas na mente,
E que sempre perdura!
Amarga solidão
Pára que envenenas,
Não me embales
Não me cantes,
Pois esse teu fel,
Nas minhas mãos,
Virará mel,
Como a melodia divina,
Que dissolve e acarinha,
Sorte minha,
Virtude Essa!
Sê Resiliente minha Diva e não tenhas medo da mudança.
Ergue-te das cinzas que te prendem ou te consomem, mas renasce e brilha, brilha muito.
A tua Terapeuta e Mentora Motivacional,
Vanda Roberto.